A Experiência de Maria Beltrão no “É de Casa”
A apresentadora Maria Beltrão, de 51 anos, protagonizou um momento de forte emoção durante o programa “É de Casa” deste sábado (18). Ela participou de um experimento que utilizou um traje simulador, desenhado para replicar as restrições físicas e sensoriais inerentes ao envelhecimento, incluindo a limitação de movimentos, audição e visão.
Empatia em Ação: Sentindo na Própria Pele
Ao vestir o figurino, a jornalista se emocionou profundamente, compartilhando que a experiência a fez lembrar-se imediatamente de sua mãe, Maria da Conceição Beltrão, de 91 anos. “É duro, né? Acho que eu já procuro praticar essa empatia, mas é difícil…”, desabafou Beltrão, com lágrimas, ao refletir sobre a realidade de sua mãe, que atualmente é cadeirante e possui limitações de mobilidade e sensorial.
O Propósito do Simulador e a Lição de Vida
A gerontóloga Tati Gracia, presente no programa, explicou que o objetivo principal de simulações como essa é fomentar a empatia na sociedade, sensibilizando as pessoas para as dificuldades cotidianas enfrentadas pela população idosa. A vivência transcendeu a teoria para Maria Beltrão, trazendo à tona a memória de sua mãe.
A Força e as Imposições da Vida
Maria Beltrão relembrou a vitalidade e a carreira notável de sua mãe, Maria da Conceição Beltrão, uma Ph.D. em Antropologia (Arqueologia) e Geologia pela UFRJ. Sua mãe, que chegou a trabalhar ativamente como arqueóloga — subindo e descendo morros — até os 84 anos, teve sua vida drasticamente alterada após um AVC, que a colocou em uma cadeira de rodas. Beltrão enfatizou: “a vida se impõe com suas limitações. É muito difícil.”
O Chamado à Acessibilidade e à Inclusão Social
A reflexão da apresentadora se expandiu para além da esfera pessoal, focando na responsabilidade coletiva. A experiência do simulador serviu como um poderoso lembrete da necessidade urgente de cidades e produtos mais acolhedores e inclusivos para a terceira idade.
Repensando o Ambiente para Todas as Idades
Maria Beltrão destacou a importância de planejar o ambiente urbano e o design de produtos sob a perspectiva da acessibilidade. Sua mãe, uma figura acadêmica respeitada, que orientou dezenas de alunos e coordenou uma missão arqueológica franco-brasileira (em Lagoa Santa, de 1970 a 1977), representa a resiliência, mas também a vulnerabilidade diante de um mundo que nem sempre está preparado para as limitações impostas pelo tempo.
Conclusão:
A emocionante participação de Maria Beltrão no experimento do “É de Casa” reforça a importância da empatia ativa para com as pessoas idosas. Ao vivenciar, mesmo que momentaneamente, as restrições de mobilidade e sensoriais, a apresentadora transformou a dor da lembrança de sua mãe, a renomada arqueóloga Maria da Conceição Beltrão, em um apelo social. A lição central é que a conscientização deve se traduzir em ações concretas, exigindo que a sociedade repense a acessibilidade e a inclusão, garantindo dignidade e conforto para todos, independentemente da idade.
Com informações do site: CNN Brasil
